Solenidade de entrega da Medalha ao Professor Doutor Jorge Christian Fernández (2º da esquerda para direita) do Curso de História (Licenciatura e Bacharelado) da FACH/UFMS

Postado por: Ailson Davalos

Há 80 anos, silenciaram-se os canhões na Segunda Guerra Mundial e nas trincheiras dessa memória repousam nomes que jamais devem ser esquecidos. O estrondo das batalhas deu lugar ao eco da reconstrução e às histórias de bravura, humanidade e resistência. Para eternizar esse legado, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) realizou na noite desta quinta-feira (8), uma sessão solene dedicada àqueles que participaram ativamente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), bem como cidadãos comprometidos com os princípios da paz, das liberdades fundamentais e da solidariedade entre os povos.

Lidio Lopes: Prestamos uma justa homenagem aos bravos febianos

Proposta pelo deputado Lidio Lopes (Sem Partido), a solenidade foi marcada pela reverência ao Dia da Vitória e pela entrega da Medalha do Mérito da Força Expedicionária. “Oito décadas se passaram do maior e mais devastador conflito da história da humanidade. Neste marco tão significativo, prestamos uma justa homenagem aos bravos febianos, guardiões de uma memória forjada em coragem, sacrifício e amor à pátria”, destacou Lidio.

Coronel Wellington: garantir que as novas gerações conheçam o valor da paz

Para o presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB, coronel Wellington Corlet dos Santos, a memória não é apenas um tributo ao passado, mas um compromisso com o futuro. “Cada conquista daqueles dias difíceis carrega lições que não podem se perder com o tempo. É nosso dever garantir que as novas gerações conheçam o valor da paz e o preço que ela custou. Os ensinamentos precisam ser passados adiante, pois somente assim é possível evitar que a história se repita e para que o sacrifício de muitos indivíduos nunca seja esquecido”, afirmou.

Os homenageados Medalha do Mérito da Força Expedicionária

Combatentes, professores, jornalistas, advogados, cerimonialistas e voluntários foram os homenageados da noite, todos desempenharam papéis fundamentais na difusão de ideais humanitários. “São homens e mulheres que, por meio de suas escolhas e ações, ajudaram a defender os princípios universais da liberdade, da dignidade humana e da convivência pacífica. Reconhecê-los é manter viva a memória de um período em que a solidariedade foi colocada à prova e venceu”, disse.

Receberam a honraria: Antônio Fermiano (In Memoriam), Divo Pires Peixoto (In Memoriam), Maximiano José dos Santos (In Memoriam), Ângela Antonieta Athanázio Laurino, Arlinda Cantero Dorsa, Camila Dib Silva Jorge, Christiano Marcio da Silva Mendonça, Diames Quintana, Diogo Cavalcante Bezerra, Douglas dos Santos Ferreira, Diva Becker, Eduardo Henrique de Oliveira Lima, Gerson Claro, Hélio Augusto Poli de Souza, Jaqueline Bortolotto, Jean Lopez Fernandes, João Cláudio Munareto, João Robson Oliveira de Souza, Jorge Christian Fernández, José Adalto dos Santos, José Luis de Sales, Juliana Rodrigues Affe, Larissa Corrêa Ribeiro, Luiz Roberto Botosso Júnior, Nadir Salete Pasa, Raimundo Moreira Marin, Robson de Freitas Reis, Rodrigo Cozendey Pires e Ronaldo Gianesi.

João Robson: que a memória da Força Expedicionária Brasileira siga viva

O professor João Robson falou em nome dos homenageados. “Há oito décadas, mais de 25 mil brasileiros deixaram tudo para trás e partiram rumo à Itália, onde participaram de combates intensos contra os nazistas e fascistas. As famílias esperaram, muitas vezes em silêncio, pela volta de seus filhos, maridos e pais. Que a memória da Força Expedicionária Brasileira siga viva nas escolas, nos livros e nas histórias passadas de geração em geração”.

Dentre os homenageados, destacamos a presença do Professor Doutor Jorge Christian Fernández do Curso de História (Licenciatura e Bacharelado) da FACH/UFMS. Desde 2011 na UFMS, o professor Fernández tem experiência em pesquisa, ensino e extensão na área de História Contemporânea e de História da América. Seu interesse especial é a pesquisa sobre os diversos conflitos armados do Século XX, sendo a Segunda Guerra Mundial e a FEB um dos seus objetos de estudo, tendo já orientado diversos trabalhos de TCC sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ou a FEB, especificamente. Também é membro do Laboratório de Pesquisas em História das Américas, LEPHA-UFMS e, como tal, organizou e conduziu o evento “XIII Semana de História: 75 anos da Força Expedicionária Brasileira”, em 2020, em formato virtual dado o cenário da pandemia de COVID-19, com mais de 900 visualizações.